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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Zika Virus requer uma resposta urgente

Folha de São Paulo/New York Times - Editorial. 28 jan 2016

Mal foi o vírus Ebola subjugada em África do que outro vírus, Zika, começou a varrer através do Sul e América Central. Ele tem sido associada a graves defeitos congênitos e está ameaçando invadir os Estados Unidos. É imperativo que a Organização Mundial da Saúde não repita sua resposta lenta à crise Ebola e atuar urgentemente neste momento para mobilizar a ação internacional.
Até que chegou o Hemisfério Ocidental, o vírus Zika - relacionado à dengue, febre amarela e vírus do Nilo Ocidental e nomeado após a floresta de Uganda, onde foi identificado pela primeira vez há quase 70 anos - tinha causado pouco mais do que infecções relativamente leves, semelhantes aos da gripe. Mas nos nove meses desde que veio para as Américas, que agiu rapidamente pelo Brasil e duas dúzias de outros países e territórios, transmitida por mosquitos da espécie Aedes, que podem se reproduzem nas piscinas mais minúsculas de água e geralmente picam durante o dia, tornando-os especialmente difícil de controlar.
Apesar de não ser particularmente perigoso para a pessoa infectada, a propagação de Zika tem sido acompanhada por um aumento enorme em microcefalia, uma deformação congênita e irreversível do crânio em bebês recém-nascidos. O número de casos notificados no Brasil saltou de 147 em 2014 para cerca de 4.000 em 2015, deixando as autoridades de saúde com pouca dúvida - embora nenhuma prova científica firme - que Zika foi o responsável. Os cientistas também identificaram uma possível ligação entre o vírus ea doença neurológica conhecida como síndrome de Guillain-Barré.
Neste momento não existe vacina, não há cura e nenhum teste amplamente disponíveis para a infecção Zika. Na sua ausência, o caminho óbvio é evitar picadas de mosquito, vestindo roupas que cubram os braços e pernas, e usando ar condicionado e telas e repelentes de insetos contendo DEET. O Brasil, que está hospedando os Jogos Olímpicos deste verão, começou uma extensa campanha para erradicar os mosquitos, incluindo a implantação de 220.000 soldados para procurar locais de reprodução, e exortou as mulheres a evitar engravidar até que o surto está sob controle.
El Salvador tem aconselhado as mulheres a adiar a gravidez até 2018. Nos Estados Unidos, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças publicouuma lista de países mulheres grávidas seria sensato para evitar e recomenda que as mulheres grávidas que viajaram para áreas afetadas para ver um médico e determinar se um teste é necessário. Nada disso é provável que acabe rapidamente o flagelo, e nenhum país pode fazer isso por conta própria. Pelo contrário, o vírus poderia migrar para áreas do sul dos Estados Unidos quando o inverno termina.
Lamentavelmente, apesar destas acções, a Organização Mundial da Saúde parece, mais uma vez, estar cochilando e ainda tem que gerar uma resposta internacional ampla e coordenada. Por coincidência, o Conselho Executivo da OMS está atualmente reunido em Genebra, de modo que este é o momento perfeito para a agência de mostrar liderança, ao reunir uma comissão de emergência de especialistas para fazer um balanço da pandemia Zika e aconselhar o diretor-geral da OMS, Margaret Chan , sobre a melhor forma de combatê-lo.
Update: Após a publicação, a Organização Mundial de Saúde anunciou quinta-feira que iria convocar uma reunião de emergência na segunda-feira para decidir se a declarar uma emergência de saúde pública, devido à propagação do vírus Zika.
Disponível em: <http://g1.globo.com/pr/parana> 28 jan 2016

Prefeitura monta checklist para tentar combater o Aedes aegypti na capital

Ficha está disponível na internet e pode ser impressa por moradores.
Ao todo, são nove ações que devem ser acompanhadas por semana.

Check-list da prefeitura (Foto: Reprodução/Site da prefeitura)Checklist da prefeitura têm nove ações de precaução (Foto: Reprodução/Prefeitura de Curitiba)
A Prefeitura de Curitiba desenvolveu um checklist para tentar ajudar a população a combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, do zika vírus e da febre chikungunya. A ficha tem a intenção de guiar semanalmente as ações da população.
Entre as ações de precaução estão:
- Verificar se as caixas d'água estão bem tampadas;
- Guardar garrafas, latas e baldes com a boca virada para baixo ou encaminhar o material para a coleta seletiva;
- Verificar bromélias e outras plantas que acumulam água;
- Preencher os pratos de vasos de flores com areia;
- Colocar uma colher (de sopa) de água sanitária a cada litro de água onde a água não pode ser totalmente removida, como ralos e vasos sanitários não usados com frequência;
- Guardar pneus em locais secos e cobertos;
- Manter as lixeiras externas bem fechadas;
- Limpar ralos, caclhas e os reservatórios de água da geladeira;
- Lavar o pote de água do seu animal de estimação.

Dengue
Na terça-feira (26), a Secretaria da Saúde divulgou um novo boletim com a atualização dos números da dengue no Paraná.
Desde agosto de 2015, já são 2.693 casos confirmados, distribuídos em 153 municípios paranaenses.
Até o momento, 11 cidades atingiram situação de epidemia. Além de Munhoz de Mello, Santa Isabel do Ivaí, Paranaguá, Cambará, Mamborê, Itambaracá e Guaraci – que já faziam parte da lista – também foram incluídos Rancho Alegre, Santo Antônio do Paraíso, Assai e Nova Aliança do Ivaí.

Para que seja considerada epidemia, é preciso a confirmação de mais de 300 casos a cada 100 mil habitantes. O estado de alerta é decretado a partir do momento em que os registros ficam acima de 100 casos a cada 100 mil habitantes.

Mortes
O novo informe traz, ainda, a confirmação de três novas mortes por dengue no Estado. Os óbitos ocorreram entre 11 e 24 de janeiro, nas cidades de Paranaguá (duas mortes) e Foz do Iguaçu (uma morte). Sendo assim, sobe para cinco o número de mortes pela doença neste ano.
Chikungunya e zika
Ainda conforme o boletim, a Secretaria da Saúde notificou 91 casos de chikungunya desde agosto, sendo que sete deles foram confirmados. De zika, foram 176 notificações, sendo um caso confirmado. O boletim completo pode ser acessado

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Voluntários testarão vacina contra a dengue em Manaus

Disponível em: <www.emtempo.com.br>. Acesso em: 24 jan 2016

Por ter registrado anteriormente epidemias de dengue, Manaus é um dos 12 centros de teste da vacina - foto: divulgação

Tiveram início os preparativos para o processo de seleção dos voluntários que irão participar, em Manaus, dos testes da vacina contra a dengue, que está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan, de São Paulo. Na última semana, pesquisadores da Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), que coordenam a etapa local do estudo, visitaram unidades de saúde da prefeitura, para escolher aquela que deverá funcionar como base do processo de seleção.
“Estamos firmando um acordo de cooperação técnica com a Secretaria Municipal de Saúde para viabilizar esta parceria. Consideramos que atuar com o apoio de equipes de atenção básica vai facilitar o acesso a pessoas que se encaixam no perfil da pesquisa, a fim de convidá-las a participar do estudo”, explica o diretor-presidente em exercício da FMT, Marcus Lacerda.
Manaus foi anunciada no final do ano passado como um dos 12 centros de testes da vacina contra a dengue. Além de possuir grupos de pesquisadores especialistas nesta área, na rede estadual de saúde, a cidade integra uma região de incidência da dengue, já tendo registrado epidemias da doença.
De acordo com Marcus Lacerda, mil voluntários devem participar do estudo na capital amazonense, na faixa etária de 2 e 59 anos, exceto mulheres grávidas e pessoas com doenças crônicas. A fase de testes deve iniciar no segundo trimestre deste ano e durar aproximadamente 12 meses.
Ele ressalta que os voluntários serão acompanhados durante cinco anos, após o teste. O acompanhamento faz parte do protocolo a ser seguido, para atestar a eficácia do medicamento.
Além de Manaus, também farão parte do estudo voluntários de Porto Velho (RO), Boa Vista (RR), Aracaju (SE), Recife (PE), Fortaleza (CE), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Campo Grande (MS), São Paulo (SP), São José do Rio Preto (SP), Belo Horizonte (MG) e Porto Alegre (RS).
Liberação
Além do estudo realizado pelo Instituto Butantan, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou, no final do ano passado, o registro da vacina contra dengue desenvolvida pelo laboratório francês Sanofi Pasteur. O Ministério da Saúde ainda avalia, no entanto, o custo-benefício para uma possível inclusão da vacina no calendário nacional de imunização.
Representantes no Brasil do Sanofi Pasteur reuniram-se na semana passada com o secretário estadual de Saúde, Pedro Elias de Souza, para apresentar o resultado dos estudos sobre a eficácia da vacina. “Estamos na expectativa da decisão que será tomada pelo Ministério. O país, que tem sofrido com epidemias de dengue nos últimos anos, realmente precisa de uma vacina que ajude a proteger a população”, salienta Pedro Elias.
Para o secretário, foi importante a reunião ocorrida com o diretor de Saúde Pública da Sanofi Pasteur no Brasil, Marcelo Scattolini, para conhecer de forma mais detalhada os estudos sobre a eficácia da vacina desenvolvida pelo laboratório francês. “Esta apresentação está sendo feita aos secretários de saúde de todos os Estados. Basicamente, são os estudos apresentados à Anvisa e que basearam a liberação do registro da vacina no país”, observa Pedro Elias.
Eficácia
Conforme os dados divulgados pela Anvisa, a vacina aprovada é indicada para a prevenção dos quatro sorotipos da dengue e pode ser tomada por pessoas com idade entre 9 e 45 anos que vivem em áreas endêmicas da doença. O esquema de imunização exige a aplicação de três doses (com intervalos de seis meses) do imunobiológico.
Ainda segundo a Anvisa, a vacina apresentou uma eficácia global contra a dengue de 65,6% na população acima de nove anos de idade. Esse porcentual varia conforme o sorotipo: eficácia de 58,4% contra o sorotipo 1; 47,1% contra o sorotipo 2; 73,6% contra o sorotipo 3 e de 83,2% contra o sorotipo 4. Considerando a forma da dengue que leva à hospitalização, a eficácia verificada da vacina foi de 80,8%. Ou seja, há uma proteção maior para casos de dengue considerados mais severos. 

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Cães e gatos deverão ter registro e microchip em Campo Grande, diz lei

Disponível em: < http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2014/08>. Acesso em: 26 ago 2014


Texto foi publicado no Diário Oficial e deve entrar em vigor em 540 dias. Estabelecimentos devem providenciar leitor de microchips em até 60 dias.

22 agosto 2014
Cães e gatos serão obrigados a ter Registro Geral de Animais (RGA) e microchip em um ano e meio em Campo Grande. Determinação está prevista na Lei Complementar 243/2014, publicada no Diário Oficial do município desta sexta-feira (22). O texto foi sancionado pelo prefeito Gilmar Olarte (PP) e acrescenta 16 artigos à Lei Complementar 79/2005, que trata da posse responsável dos bichos.

Segundo a nova lei, o registro deverá ser feito no Convênio Veterinário com rede credenciada de atendimento vencedor de concessão e microchipados no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).
Para confecção do RGA, de acordo com o texto, o proprietário ou responsável pela guarda deverá apresentar ao convênio veterinário documentos pessoais, comprovante de endereço e carteira de vacinação do animal. Depois disso, o bicho estará credenciado para receber o microchip.

A identificação será feita com recolhimento de taxa única que incluirá o valor do microchip e da 
mão de obra do profissional técnico. Entretanto, a lei prevê gratuidade para o proprietário ou responsável pela guarda do animal que comprovar renda de até três salários-mínimos, desde que atenda os requisitos exigidos. A isenção de pagamentos se estenderá a todas as instituições legalmente declaradas de utilidade pública e as ONGs de adoção e proteção aos animais, desde que eles estejam cadastrados a mais de 90 dias e mediante apresentação dos documentos da entidade, comprovante de endereço e dados completos do presidente ou responsável.

Conforme a lei, o vencedor da concessão deverá disponibilizar sistema para cadastramento on-line, com informações simultâneas de todos os registros gerados para o CCZ.

Microchips


As clínicas veterinárias, pet shops e casas agropecuárias deverão providenciar o leitor dos microchips em até 60 dias a partir desta sexta-feira.

Caso esses estabelecimentos descumpram o prazo, será aplicada a multa de R$ 720 (que será atualizada anualmente pela inflação oficial), com acréscimo de 50% em casos de reincidência, e eles poderão ter os alvarás de funcionamento suspensos temporariamente até a quitação das multas, visando sempre monitorar os animais furtados, roubados ou desaparecidos por meio de sistema informativo.

O município deverá ser dividido em quatro regiões (norte, sul, leste e oeste), objetivando o cadastramento do RGA, com o prazo de 90 dias para realizar o registro por região. Em caso de inobservância, os proprietários ou responsáveis pela guarda do animal terão dez dias para providenciar o registro e o microchip, sob pena de multa de R$ 360, com acréscimo 50% em casos de reincidência.

De acordo com a lei, o Executivo fica autorizado a fazer visitas e campanhas informativas nos bairros da capital sul-mato-grossense, já cadastrados e microchipados.

Estabelecimentos

Os canis, pet shops, casas agropecuárias, clínicas veterinárias, feiras de filhotes e demais pessoas físicas ou jurídicas que comercializarem animais domésticos deverão se cadastrar junto ao convênio veterinário com rede credenciada de atendimento, mediante pagamento de taxa única a ser estipulada na regulamentação desta lei e o fornecimento de informações de todos os seus dados como nome completo, documentos constitutivos e endereço.


Além disso, essas entidades deverão prestar contas mensalmente sobre os cadastros de animais, dados dos bichos comercializados e dos compradores. O não cumprimento dessas determinações pode gerar multa e suspensão dos alvarás de funcionamento.


O prazo total para o cumprimento desta lei será de 540 dias a partir desta sexta-feira. Haverá fiscalização do Poder Executivo após 30 dias do prazo final em cada região.

Trabalhador rural é alvo de ações para redução do uso de agrotóxicos

Prevenção do câncer é um dos objetivos das atividades.
Trabalhadores vão participar de palestras sobre uso do EPI.

 23/08/2014 

Disponível em: < http://g1.globo.com/pe/petrolina-regiao/noticia/2014/08>. Acesso em 26 ago 2014

Os trabalhadores rurais do município de Lagoa Grande, no Sertão de Pernambuco, vão participar no mês de agosto de ações de conscientização sobre o uso de agrotóxicos. O distrito de Vermelhos, na Zona Rural, foi escolhido por ser uma das áreas onde os defensivos agrícolas são usados em quantidade superior ao indicado. Oficinas e palestras no dia 29 e uma feira no dia 31 vão discutir temas relacionados à saúde dos agricultores.

De acordo com o secretário de Saúde do município, Carlos Ramos, a motivação das atividades é a prevenção da incidência de câncer na cidade. “Nós percebemos um aumento dos casos em Lagoa Grande, tanto entre os trabalhadores rurais quanto entre as pessoas que entram em contato indiretamente com os agrotóxicos, como no consumo de frutas e verduras, por exemplo”, afirmou

“Muitos dos casos da doença foram causados pelo uso exagerado do veneno. O distrito de Jutaí, por exemplo, está aproximadamente há cinco anos sem a produção de tomate por conta da seca. Com essa parada na produção, diminuiu a incidência de câncer no local”, acrescentou o secretário.

No dia 29, os pequenos produtores do distrito de Vermelhos vão receber palestras sobre o uso de Equipamentos de Proteção Individual(EPI) e sobre a dosagem ideal dos agrotóxicos. “Por falta de conhecimento técnico, os agricultores utilizam um volume maior de defensivos agrícolas do que o necessário, além de não usarem os equipamentos de proteção da forma correta”, afirmou Ramos.

Ainda no mesmo dia, uma oficina com estudantes acontece em uma escola da comunidade, a partir das 18h. “Um dos focos do trabalho é a conscientização das crianças e adolescentes, porque eles, ao verem os pais usando agrotóxicos da forma errada, podem sensibilizá-los para diminuir”, explicou Carlos.

Já no dia 31, acontecerá a 'Feira de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora de Vermelhos', onde serão oferecidos serviços de saúde. “Nem todos os pequenos produtores têm tempo de ir aos postos de saúde, por isso vários exames médicos e atendimentos odontológicos gratuitos vão poder ser feitos”, declarou o secretário.

Durante a feira, os agricultores de duas comunidades rurais que utilizam agricultura orgânica vão contar suas experiências. "Nas comunidades do Riacho do Recreio e do Sítio Ribeira esse projeto já acontece desde o ano passado com ótimos resultados. Eles vão mostrar no evento que é possível não utilizar os agrotóxicos", concluiu Carlos Ramos.

 

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Aplicativo virtual vai ajudar no combate à dengue


Sara Vasconcelos
repórter
21 de Junho de 201

A dois cliques do celular, tablet ou desktop, o aplicativo “Observatório da Dengue” com  tecnologia de geolocalização por informações via satélite em smartphones conectados à internet une ciência e gestão pública no combate contra a dengue. Desenvolvido por pesquisadores da UFRN e Secretaria Municipal de Saúde, a ferramenta permite a população denunciar locais de infestação do mosquito Aedes aegypti e os casos de pessoas com sintomas da doença para agilizar as ações públicas. 

De manuseio simples, feito a baixo custo e prometendo amplo alcance e eficiência, é difícil ao ouvir a descrição técnica feita pelos pesquisadores não imaginar: “como ninguém pensou nisso antes?” A sensação é tão universal que ganhou repercussão mundial, depois que a  agência de notícias francesa, a AFP, noticiou o projeto, na última semana, sendo replicada em pelo menos 60 jornais e revistas de 22 países.

Quando cruzadas pelo sistema, as informações dão um panorama de onde ocorrem os surtos e até epidemia, além de quantos e onde estão os pacientes que precisam de atendimento médico. O envio e monitoramento desses dados, em tempo real, à uma central de informação alertará a SMS para destinar a atuação de agentes de endemias e também agentes de saúde, nas áreas com maior risco identificado, de forma mais rápida e direcionada.

Pensado pelo epidemiologista  do Departamento de Atenção Básica da SMS, Ion Andrade, e executado pelo professor Ricardo Valentim, coordenador de Tecnologia da Informação e Comunicação da Sedis/UFRN, projeto complementar faz parte de um sistema homônimo e  mais amplo, que irá mapear e monitorar os casos alimentando o banco de dados do Município, em uma parceria com a UFRN e o Telessaúde Brasil. 

A diferença entre os projetos, explica Ricardo Valentim, é que este aplicativo do usuário “é capaz de integrar a população ao controle e combate aos casos de dengue, permitindo ao gestor público uma visão mais real para planejar  ações”, observou Valentim.

Para um estado com baixa resolutividade em serviços de saúde e com o menor crescimento do PIB do país nos últimos anos,  observa os pesquisadores, fazer ciência desenvolvendo tecnologia de ponta que poderá ser usada em todo o mundo  coloca o estado na dianteira do controle da doença. 

Embora mais simples, o projeto complementar tem uma resolutividade maior, segundo o epidemiologista. “ É um trabalho de prevenção, não estamos em epidemia. A SMS pode ter ações para impedir o surto circular para outros bairros e que mais pessoas adoeçam”, destaca Andrade.  “A repercussão vem justamente do fato de dar uma solução simples a um problema complexo”, disse.

Com  tecnologia responsiva, ou seja, que se adapta a qualquer plataforma e fabricante, o aplicativo deverá estar disponível para ser baixado pela população até o final do mês.

Observatório
Em fase de testes pilotos, o Observatório da Dengue de Natal depende de um convênio para  atender as demandas da Secretaria Municipal de Saúde. O sistema fará o mapeamento das rotas feitas pelo agente de endemias e dispara três níveis de alerta (campanhas educativas, visita de agente de endemia ou uso do carro fumacê) de acordo com o nível de infestação dentro de um plano de contingência. 

Além de dar mais celeridade e permitir planejamento de ações, explica o professor Ricardo Valentim, as informações irão refletir em redução do gasto de recursos públicos por meio da otimização da força de trabalho. Hoje, as informações chegam a Secretaria em média com 30 a 45 dias da notificação de focos de infestação, o que retarda a tomada de decisões.  

A tecnologia irá demandar infraestrutura e investimentos por parte da SMS. Durante a vigência do projeto, a proposta é que o sistema use o Laboratório de Inovação Tecnológica da Saúde do Hospital Universitário Onofre Lopes. Depois poderá ser transferido ao Município.





Copa já gerou mais de 43 toneladas de resíduos em Brasília

Nas duas primeiras partidas que a cidade recebeu foram produzidas 43,2 toneladas de lixo no estádio Mané Garrincha e na área destinada à Fifa Fan Fest

Andreia Verdélio, da Agencia Brasil.

24/06/2014 

Brasília - Brasília já foi palco de três jogos da Copa do Mundo e nas duas primeiras partidas foram produzidas 43,2 toneladas de resíduos no Estádio Nacional, o Mané Garrincha, e na área do Taguaparque, destinada à Fifa Fan Fest.
Segundo o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) do Distrito Federal, 102 garis se dedicam à limpeza do estádio e mais 90 trabalhadores à Fan Fest.
No primeiro jogo na capital federal, entre o Equador e a Suíça, foram recolhidas 3 toneladas de lixo seco da área externa do Mané Garrincha e 7 toneladas de lixo orgânico.
O público que assistiu a essa partida foi 68.351 pessoas. No mesmo dia, na Fifa Fan Fest, os garis recolheram mais de 20 toneladas de lixo seco.
No jogo entre a Costa do Marfim e a Colômbia, com 68.748 torcedores, foram coletados no estádio 4 toneladas de lixo seco e 6,7 toneladas de lixo orgânico. Na Fifa Fan Fest, o total de material seco chegou a 2,5 toneladas.
O SLU ainda não contabilizou o que foi recolhido no jogo de ontem, entre o Brasil e Camarões, que teve público de 69.112 torcedores.
Segundo o órgão, o lixo orgânico é destinado ao Lixão da Estrutural, o depósito de resíduos da cidade que recebe mais de 2 mil toneladas de lixo por dia.
Os recicláveis são enviados para a cooperativa de catadores 100 Dimensão, que faz a triagem do lixo seco produzido nessa Copa do Mundo.
A Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) informou que o Brasil deverá gerar um volume adicional de cerca de 15 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos durante a Copa, incluindo o total gerado com o turismo, nos estádios e nas Fan Fests que ocorrem nas cidades-sede do torneio.
Segundo a associação, que representa as empresas que atuam nos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, as cidades em que haverá maior geração de lixo são Brasília (1.827,66 toneladas), São Paulo (1.681,20 toneladas), Rio de Janeiro (1.616,63 toneladas) e Fortaleza (1.467,16 toneladas).
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) contemplou seis cidades-sede com R$ 2,3 milhões para as operações de limpeza - Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal e São Paulo.
A iniciativa para estimular a coleta seletiva visa a fortalecer a implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que determina que até 2 de agosto deste ano apenas rejeitos orgânicos deverão ser enviados para os aterros sanitários.

Os recursos foram usados em capacitações, gastos com remuneração, aquisição de uniformes e equipamentos de proteção, alimentação e transporte dos catadores, logística para transporte do material coletado e divulgação das ações de coleta seletiva solidária.